Mercado do leite inicia setembro com pressão nos preços
- rgmilk
- 8 de set.
- 4 min de leitura
Panorama rápido
Brasil: entre manutenção e baixa, com viés de manutenção para os próximos dias.
Mercosul: tendência de baixa; importados recuando ao menos até o fim de setembro/25.
Internacional: tendência de baixa (LPI, LPD e muçarela em queda lá fora).
🧀 MUÇARELA — Primeira semana de setembro com reduções; setembro tende a ser mais estável que meses anteriores
Na 1ª semana de setembro, ocorreram reduções pontuais para efetivar vendas, mesmo com maior demanda típica de virada de mês (reposição). O setembro deve ser mais estável do que os meses anteriores, mas com negociações ainda pressionadas por preço.
No Mercosul, a demanda dos importadores brasileiros está estabilizada; seguem pequenas quedas para fechar negócio, porém o importado segue não competitivo frente ao nacional — razão pela qual os volumes importados caíram e a tendência é de dificuldade de venda do importado no Brasil nos próximos 60 dias.
Fatores de formação de preço (agora):
Reposição de início de mês não impediu ajustes para baixo; comprador com barganha maior.
Paridade externa: importado sem competitividade → nacional mantém vantagem.
Cenário regional: estabilização de produção no Sul reduz o risco de nova enxurrada de oferta, favorecendo estabilização gradual adiante.
Projeção (2–4 semanas):Manutenção com viés de estabilidade/baixa no curtíssimo prazo; se o varejo reagir e a captação não voltar a subir, o mercado pode assentar até o fim do mês.
🥄 LEITE EM PÓ — Semana de estabilidade; LPI negocia com pedidos de desconto e LPD segue favorecido no importado
O leite em pó teve estabilidade na 1ª semana de setembro. A demanda aumentou, mas os compradores buscam preços atrativos diante da ampla oferta, o que força recuos pontuais para girar volumes.
O produto nacional mantém grande vantagem de preço sobre o importado; Argentina e Uruguai estão reduzindo gradualmente e devem seguir nesse ritmo até o fim de setembro. O dólar estabilizado até barateia a importação, mas ainda sem vantagem econômica frente ao nacional neste momento.
Para o LPD, o quadro segue favorável ao importado: a dificuldade de vender a matéria gorda no Brasil desestimula o desnate, limitando a oferta doméstica de desnatado e sustentando seu preço relativo.
Fatores de formação de preço (agora):
LPI: oferta ampla + compra oportunista → pedidos de desconto para fechar.
LPD: desnate menos atrativo → oferta doméstica curta → LPD resiste, com janela para importado.
Paridade/câmbio: dólar estável melhora a conta do importado, mas não supera a competitividade do nacional no LPI agora.
Projeção (2–4 semanas):
LPI: manutenção com viés de baixa moderada; tende a assentar se “time de compra” (contratos/planejamento) avançar ao longo de setembro.
LPD: estável/firme enquanto persistir o desincentivo ao desnate; risco de alívio se a gordura ganhar saída e a oferta de LPD interno aumentar.
🥛 LEITE UHT — Queda para escoar volumes; setembro deve ser mais estável que meses anteriores
Na 1ª semana de setembro, o UHT registrou queda para efetivar volumes maiores: grande oferta combinada a demanda fraca vem retraindo preços. O cenário para setembro é de mais estabilidade em relação aos meses anteriores.
O leite a campo está estável no Sul e em queda no Centro (com expectativa de recomposição nas próximas semanas).
Preços ao produtor devem cair, o que já aparece no spot em baixa na 1ª semana de setembro.
Fatores de formação de preço (agora):
Oferta relativa > demanda → necessidade de ajustes táticos para girar.
Sinal de origem: redução ao produtor e spot em baixa reforçam pressão a jusante.
Projeção (2–3 semanas):Estável/leve baixa, com ajustes marginais se a oferta se sobrepuser à demanda; possível assentamento até o final do mês.
🔎 Capacidade de pagamento ao produtor (sinal setorial)
Os painéis indicam que, apesar de variações entre mixes, há aperto de margem nas pontas mais expostas a UHT e muçarela. Em pós, o LPD tem sustentação relativa via oferta doméstica mais curta, enquanto o LPI sente a compra oportunista. Os números são médias indicativas e variam conforme mix, volume e qualidade do leite.
✅ Painel resumo estratégico — 05/09/2025
Produto | Situação (BR – linha verde) | Risco imediato | Tendência (próx. 2–4 sem.) |
Muçarela | Reduções pontuais na 1ª sem./set.; setembro tende a mais estável | Comprador pressiona; importado sem competitividade | Manutenção/leve baixa; estabilização se varejo reagir e captação não subir. |
Leite em Pó Integral (LPI) | Estável, mas fecha com descontos diante de oferta ampla | Compra oportunista; paridade externa em queda gradual | Manutenção com viés de baixa; pode assentar com contratos em setembro. |
Leite em Pó Desnatado (LPD) | Sustentado por oferta doméstica limitada (desnate desestimulante) | Se a gordura ganhar saída, oferta de LPD melhora | Estável/firme; risco de alívio com retomada de desnate e/ou maior importação. |
Leite UHT | Queda para escoar; spot em baixa e produtor com possível redução | Oferta maior que a demanda no curto prazo | Estável/leve baixa; tende a estabilizar mais adiante em setembro. |
🎯 Recomendações táticas (curto prazo)
Queijos (muçarela): ajustar mix e ritmo de produção ao giro; negociar contratos curtos com gatilho quinzenal; priorizar canais de alta rotação.
Pós (LPI/LPD): no LPI, capturar janelas de preço quando surgirem fundos semanais; acompanhar paridade AR/UY (queda gradual até fim de setembro). No LPD, proteger prêmio enquanto o desnate seguir desestimulado.
UHT: manter estoque magro, aceitar ajustes táticos para fluxo; monitorar spot e preço ao produtor como guias de risco operacional.
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